sexta-feira, setembro 19, 2008

Elo



Ter-se um elo forte não indica que sejamos inevitavelmente os melhores e até os maiores. Precisamos de elos para nos sentirmos sintonizados com o mundo, com os outros. Os mais pequenos podem surpreender-nos com a sua resistência, porque não precisam de aparatos nem de grandes bravuras para se definirem. Os mais robustos podem, por vezes, quebrar-se nas circusntâncias do interesse e da inveja...Ter-se um elo é fácil...quer seja pequeno ou grande...agarramo-nos facilmente a qualquer coisa que nos cative.

Ser-se um elo leva mais curvas a percorrer, demora mais tempo...Um elo não aceita com resignação a vontade de Deus, um elo procura a vontade de Deus. A resignação conduz à inacção, ao conformismo; a procura conduz-nos ao caminho e se conduz ao caminho, leva-nos à meta. Para a meta, que é Ele mesmo, Deus dá realmente a cada um de nós o que necessita. Se me não tivesse dado a mim a característica da exigência, com os outros, mas sobretudo comigo mesma, já há muito teria perecido espiritualmente...já há muito os meus elos se teriam quebrado...

segunda-feira, setembro 15, 2008

Peregrinação Anual dos Convívios Fraternos 2008



Este ano uma sensação diferente...igualmente forte, mas distinta da dos outros anos...
Este ano uma conclusão, já concluída, ainda mais firme:
SENHOR, É UMA HONRA VIVER PARA TI!

quarta-feira, setembro 03, 2008

Velhice...

Eu sei que não nos devemos importunar com o futuro, com o que nos está reservado e onde chegaremos. Não sou de andar a pensar muito nisso, mas confesso que de há uns tempos para cá certas palavras e situações verificáveis quotidianamente me têm conduzido para a realidade de velhice. Como serei eu se chegar a ela? Não me preocupam as rugas, a fragilidade física e muito menos as cãs...não é isso que me agasta. Serei livre? Há gente que se prende a um mau humor oriundo não se sabe muito bem de onde. Sim, também sei que desconhecemos muitas vezes as razões desse mau humor, mas sempre assim tão insistente e perfurador? Digo isto, porque aqui há dias e até em jeito de brincadeira me dirigi a alguém já a entrar na velhice, com palavras simples e inofensivas, apenas a sugerir algo que até já foi feito por essa pessoa e vai que cai uma tempestade de rabugice e indignação em catadupa, como se eu tivesse ofendido mortalmente a pessoa visada. Por respeito e com tolerância, calei-me bem caladinha, a pensar " tu que andas quase sempre calada, que te deu agora para falar?"... Ficou a macerar esta reacção que desencadeou em mim uma sensação de impotência. É certo que sempre existiu o chamado choque de gerações, sempre há coisas a apontar, a defender ou a acusar e o mais certo é que eu também na minha velhice, se lá chegar, também o faça, porém, queira Deus que o saiba fazer suavemente, aceitando a voz dos outros com tolerância, sem ferir ninguém e sem deixar de ser quem serei. Oxalá o meu dedo aponte apenas para questionar o que é, não para eliminar quem é.

Simplesmente não há lugares!

Que razões motivarão a falta de acolhimento? O medo de se perder os elogios? A resistência descabida de já não integrar mais ninguém? A presunção de que se é o maior e o mais sábio? Os todos poderosos? Acolher avança essas escadas do politicamente correcto e é mais do que apenas anuir.
Há lugares que não podem nem devem ser fechados, daqueles que se abrem esporadicamente para não parecer mal...
Não há lugares reservados nas fileiras do servir...
Não há exclusividades que nos tornem insubstituíveis...
Não há lugares...simplesmente não há lugares!