segunda-feira, fevereiro 21, 2011



Não fales dos teus sentimentos a quem jamais os entenderá.

domingo, fevereiro 20, 2011

O fim último da vida não é a excelência.


O autor deste texto é João Pereira Coutinho , jornalista. Vale a pena ler!

"Não tenho filhos e tremo só de pensar. Os exemplos que vejo em volta não aconselham temeridades.
Hordas de amigos constituem as respectivas proles e, apesar da benesse, não levam vidas descansadas. Pelo contrário: estão invariavelmente mergulhados numa angústia e numa ansiedade de contornos particularmente patológicos.

Percebo porquê. Há cem ou duzentos anos, a vida dependia do berço, da posição social e da fortuna familiar. Hoje, não. A criança nasce, não numa família mas numa pista de atletismo, com as barreiras da praxe: jardim-escola aos três, natação aos quatro, lições de piano aos cinco, escola aos seis, e um exército de professores, explicadores, educadores e psicólogos, como se a criança fosse um potro de competição.

Eis a ideologia criminosa que se instalou definitivamente nas sociedades modernas: a vida não é para ser vivida - mas construída com sucessos pessoais e profissionais, uns atrás dos outros, em progressão geométrica para o infinito.

É preciso o emprego de sonho, a casa de sonho, o maridinho de sonho, os amigos de sonho, as férias de sonho, os restaurantes de sonho.

Não admira que, até 2020, um terço da população mundial esteja a mamar forte no Prozac.

É a velha história da cenoura e do burro: quanto mais temos, mais queremos. Quanto mais queremos, mais desesperamos.

A meritocracia gera uma insatisfação insaciável que acabará por arrasar o mais leve traço de humanidade.

O que não deixa de ser uma lástima.

Se as pessoas voltassem a ler os clássicos, sobretudo Montaigne, saberiam que o fim último da vida não é a excelência, mas sim a felicidade!"

quinta-feira, fevereiro 17, 2011

Elogio

Ouvir um elogio esquenta a alma e faz brotar dela entusiasmos suficientes para nos aguentarmos, mesmo quando tudo parece não fazer sentido. Faz-nos experimentar um orgulhoso sabor de unicidade e a certeza de que somos capazes do que quisermos, abre-nos sorrisos gratuitos e, algumas vezes, sós e os olhos enfrentam qualquer pessoa. Além disso, saber que marcámos positivamente alguém faz-nos pensar que seremos sempre memoráveis. Quem não gostar de receber um elogio levante-se e manifeste-se! Já estava há demasiado tempo sentada e levantei-me. Esta política do elogio é como a publicidade enganosa. Quantos elogios não são feitos para se conseguir ou um estatuto superior, ou uma restiazinha de piedade, ou pura e simplesmente para seduzir alguém? Quantos elogios não são feitos para se comprarem pessoas? Agarrei na minha alma e disse-lhe que estava proibida de dormir nas tendas destes encómios, para se manter em alerta e não deixar roubar a pouca dignidade que lhe resta, intimei-a a ser fiel ao que na verdade sente e a só se sentir realmente louvada quando o aplauso fosse sincero, o que teria de verificar pela força da atenção. Não gostas de um elogio? É óbvio que gosto! E foi embora...a pensar que os elogios de algumas pessoas não nos tornam singulares, bem pelo contrário, remetem-nos para a banalidade e para a futilidade!

domingo, fevereiro 13, 2011



Faz cálculos largos e mobiliza o menor número possível de pessoas para te ajudarem a resolver os problemas.