quinta-feira, junho 23, 2016

Regresso

Sabe bem regressar a casa depois de um dia de trabalho. O aconchego e a descontração  permitem-nos parar e respirar para darmos tempo, para recebermos tempo. É por aí morar o que somos que lhe chamamos lar. Mas ao longo da vida vamos tendo outros regressos que, não sendo tão íntimos, são de igual forma profundos e intensos. E é bem verdade que onde fica um pouco ou um muito do nosso coração também aí é a nossa casa. 

Braga, decorridos treze anos, onde ainda se respiram emoções e amizades que continuam a engravidar o coração!

domingo, junho 12, 2016

Como se faz?

É difícil fazer o luto de quem parte definitivamente deste mundo. De uma forma ou de outra, quase todos acabamos por superar as perdas, convivendo com elas. E o tempo traz-nos perspetivas de que precisaríamos nas alturas indicadas para lermos a vida mais suavemente. O tempo também se atrasa, não somos nós que não sabemos ler.
Mais difícil ainda é fazer o luto de quem perdemos e que continua disponível apenas aos olhos, porque ao coração parece já não chegar esse oxigénio que instiga cumplicidades. Parece que o tempo também morre. Como se faz? Espero pelo tempo, que já se faz demasiadamente rogado, ou morro com ele?