Andar na vida é semelhante a andar de comboio. Quem é que nunca atravessou túneis? Por maiores que nos pareçam, a luz ao seu fundo está lá à espera. Não é ela que caminha para nós, mas nós que devemos caminhar para ela. O bilhete é uma espécie de responsabilidade, embora ainda haja quem, por vezes, arrisque a viajar sem ele. E depois, qual é a vida que não é inundada de gente? Uma que sai, outra que entra; uma que se conhece, outra que se ignora. O próprio revisor é a consciência que de vez em quando nos vem acordar do sono profundo em que nos embrenhamos. As estações são os marcos pelos quais temos de passar...não lhes podemos escapar ou não chegamos ao destino. Eu gosto de andar de comboio...e ainda que a viagem demore mais um bocadinho, sei que o meu Maquinista não me deixará a meio do caminho....
( Já agora por falar em comboios, estai atentos à última publicidade da vodafone )
sexta-feira, setembro 29, 2006
quinta-feira, setembro 28, 2006
quarta-feira, setembro 27, 2006
Há vozes que não sabem planar. Voam alto demais e acabam por se desequilibrar no buraco de ar do bom senso! Não se fazem ouvir por isso mesmo. Julgam-se rectas de espírito e não sabem voar mais baixo e melhor. Enredam-se nos próprios para-quedas, e, embora não cheguem a cair, porque o vento as zurze, espedaçam-se no esquecimento de quem tencionam ser escutadas. Ainda não entenderam que as grandes e altas vozes rasam o silêncio: não se ouvem, fazem sentir-se...
terça-feira, setembro 05, 2006
Encontram-se entre o saber o não saber qual o passo seguinte a dar. Por ele, seguiria em frente e arriscaria uma nova era. Por ela, tudo fica abstracto e confuso. Quantas vezes ele lhe implora que diminua a sua mais verdadeira verdade? Tantas quantas ela recusa acompanhar os passos vacilantes dele.
Resolvem sentar-se distanciadamente juntos e descobrem, sem nunca conversar, que não é um passo, mas dois os que têm de dar. Ele, apesar de tudo, elevou-se na honestidade. Ela, apesar de nada, apequenou-se na repetição de indefinidas ilusões e ficou pendurada no agradecimento que nunca lhe dirigiu...
Resolvem sentar-se distanciadamente juntos e descobrem, sem nunca conversar, que não é um passo, mas dois os que têm de dar. Ele, apesar de tudo, elevou-se na honestidade. Ela, apesar de nada, apequenou-se na repetição de indefinidas ilusões e ficou pendurada no agradecimento que nunca lhe dirigiu...
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