Estou aqui de passagem. Alguns conhecem-me para além do visível, outros sabem de mim apenas o meu exílio, que é o corpo ou figura que alberga a minha alma. Do corpo cuido apenas o suficiente e o necessário para poder permanecer condignamente nesta sala de espera o tempo que me é facultado. Nele estou emprestada, o corpo não é meu, a alma é que é minha.
Tal como todos os exilados, que não pertencem à pátria que os acolhe, também nós não pertencemos à pátria dos corpos e do mundo onde eles se movimentam. Não significa, todavia, que permitamos tomar conta deles a inércia e a lassidão. Qualquer exilado faz do sonho, da alegria e da vontade de regressar às origens causas justas e imperativas para se manifestar laborioso no sucesso desse objectivo.
A passagem pelo exílio é uma prova de resistência e fidelidade, que nos torna ou não merecedores da verdadeira e única Pátria: " e depois deste desterro nos mostrai Jesus..."
2 comentários:
Excelente alegoria ou parábola.
Que o Espírito Santo nos ilumine a encontrar o caminho certo para a nossa Pátria!
Andava eu exatamente a procura de algo que me aproximasse da minha patria quando encontrei o blog pessoal da Ti"Ana. Adorei o conteudo aproxima-me mais de um ideal de Igreja que aqui nao existe. Ja adivinhas-te quem sou?
Beijinhos Belgas )))))
Enviar um comentário