segunda-feira, julho 27, 2009

Puzzle...

O meu sobrinho anda a construir um puzzle engraçado. Fez a 1ª Comunhão há cerca de um mês. Quando chega o momento da comunhão, é logo dos primeiros, senão o primeiro, da fila! Este Domingo, embora algumas pessoas já estivessem na fila, ele, como fica logo no banco da frente, coloca-se imediatamente a jeito de ser o primeiro. Quando a Eucaristia terminou, já cá fora perguntei-lhe:
- Hoje estavas com medo que Jesus não chegasse para ti?
Ao que ele responde que não.
- Então por que é que te colocaste à frente das outras pessoas?
- Porque quero ser o primeiro! - disse ele.
- Porquê? - insisto eu!
- Porque quero uma parte da hóstia que o senhor padre parte no altar.
- Porquê? - volto a insistir eu, e mais parece que eu é que estou na idade dos porquês.
- Porque já só me falta uma parte. - diz ele a sorrir.
- Uma parte para quê? - pergunto eu intrigada.
- Uma parte para completar uma hóstia como a do senhor padre!
: )

domingo, julho 12, 2009

Mais rede...

Às vezes dizem-nos que as nossas aldeias são o fim do mundo.Talvez não sejam, talvez seja aí que o mundo começa. Que nos prendem, nos limitam horizontes...Tem a sua pertinência a afirmação...Que são um atraso de vida... são elas ou nós que nos atrasamos? Que nalgumas nem rede se apanha nos telemóveis...não importa, a rede que as aldeias permitem alcançar é bem diferente...Ora leiam:
" Como disse, relembro hoje a minha infância na província sem esquecer ao mesmo tempo o que tudo aquilo me oprimia e que grande parte daquele amparo era metade de ternura e outra metade de opressão. Daí que talvez eu olhe para isso tudo em forma de nostalgia do que poderia ter sido, daquilo que ali tive à mão sem me ter dado conta: ali tive a possibilidade de dar atenção às quatro estações do ano e ao que vão fazendo na terra. Toda a possibilidade de ter tempo: para amar, para conhecer, para pensar, para ver. Tempo para entrar dentro de mim próprio e iniciar a aventura interior de explorar todo o inexplorado que está ainda dentro de nós. Tempo para reparar na grande força da vida que sai constantemente das entranhas da terra e que trepida, evidente, no coração das próprias pedras. Tempo para dar atenção ao respirar do estofo da terra e às ervas que rebentam depois das primeiras chuvas. Tempo para fazer amizade com os cães, os cavalos e as próprias aves do céu. Tempo para olhar as crianças e para dar atenção às falas dos homens e aos sorrisos das mulheres. Tempo para receber o calor das lareiras e deixar a cara endurecer pelo frio tocado pelo vento do sul. Tempo para poder estar à cabeceira de um amigo doente e para poder acompanhá-lo moribundo e ajudá-lo talvez a morrer em paz. Tempo para sentir e viver a grande lição do tempo e conseguir uma relação certa e não adiada com a vida..." "Peregrinação Interior - O Anjo da Esperrança" de António Alçada Baptista
As aldeias apanham muita mais rede...

terça-feira, julho 07, 2009

Fraqueza...

Hoje nem pela oração consigo chegar a Ti... vou esperar que Te sentes na minha cama e aos Teus pés, vou colocar a minha cabeça sobre o Teu colo... só assim adormecerei!

segunda-feira, julho 06, 2009

Desigualdade e igualdade

Vê-se por aí muita gente a gritar aos sete ventos as injustiças da desigualdade. Nada contra...
Mas quem grita pelas injustiças da igualdade? Porque é que se calam quando surge a palavra igualdade, mesmo que esta não fique em nada atrás da desigualdade?