quinta-feira, dezembro 30, 2010
Experiência primária
Pôr do sol, nascer do sol...
Quantas vezes sem darmos conta ficamos acorrentados a coisas do antigamente. Tantas vezes se critica quem e o que vai ficando para trás em pensamento e ideologia, porque tudo muda e os tempos desenganam verdades absolutas e inquestionáveis. Porém, o certo é nós, tidos modernos, termos expressões bem desalinhadas e completamente desacertadas da evolução de estudos e descobertas. É a Terra que dança, girando, todo o tempo. O sol não nasce nem se pousa, assiste imóvel e radiante à dança da Terra.
sexta-feira, dezembro 24, 2010
Natal
Debaixo de uma noite silenciosa, revelado tão somente pela luz pequena de uma estrela, nasce Jesus... Shhhhh, rejubila todos os dias no silêncio dos teus actos!
Um Natal simples e partilhado para todos!
Abraço apertado
Um Natal simples e partilhado para todos!
Abraço apertado
terça-feira, novembro 30, 2010
Simplicidade
Há tempos em que granjeamos incessantemente palavras que definam o que sentimos ou vivemos. Tantas vezes em vão, porque não são suficientes, porque não são completas, porque podem enganar, porque não cabem em nós. Abrem-se os dicionários da alma, rabiscam-se umas linhas interiores, consulta-se a gramática da experiência, mas tudo o que surge parece não encaixar, parece tão pouco para a imensidão ou confusão imersas na urgência de uma conclusão. A palavra tem muitos cantos. Os cantos mais complexos são os que nos afastam da exactidão, são os primeiros a ser procurados, porque parece que hoje o essencial é ser difícil, obscuro e quase inalcançável, como prova irrefutável da inteligência humana. Os cantos mais fáceis correm o risco de se tornarem banais, aborrecidos e obsoletos, porque não trazem novidade e aparentam não possuir sabedoria. Ando há tempos à procura deste lado mais fácil para afirmar o que vai por cá, para até nem me baralhar a mim própria. E as palavras exactas, certeiras e cheias surgem em diálogo com a Marta que me diz: " A mim não me pagam para ensinar, pagam-me para aprender." É isso...tão perto, tão simples! A mim não me pagam para ensinar, pagam-me para aprender. Um puzzle é o que nos colocam à frente. De acordo com a imagem sabemos que a peça devia ser colocada de determinada forma, mas o restante puzzle vai obrigar-nos a encaixar de outra maneira. É o puzzle que ensina a completar, sou eu que aprendo a cada dificuldade de encaixe.
segunda-feira, novembro 29, 2010
quarta-feira, novembro 24, 2010
Festa
A festa permitiu-lhe fechar aquela ferida antiga e macilenta que por vezes lhe entorpecia a bondade e a tolerância. Como peixe em água, rodou por todos os convidados sem se sentir nefasta e inútil, afinal, o seu traço também estava lá. Bateu-lhe com força a saudade de projectos inacabados, de sonhos por realizar, de caminhos por andar, quando o primeiro rosto surgiu no ecrã branco com fundo negro e uma lágrima não quis fazer-se rogada. Surge a petição, mas a ferida já fechou e não entra nem sai mais nada. Foi o tempo, já não é o tempo, não se deixa levar pelo entusiasmo da festa que tantas vezes faz olhar tudo de uma outra forma, como se as dificuldades tivessem deixado de existir. Aquele ambiente já não é o seu e, no entanto, não se sente membro do passado, mas membro presente e do presente, visto que a memória nalguns casos é mais poderosa do que os dias que passam. Saiu com a certeza de que deixou marca, mesmo naqueles que a não entenderam. E o que fica é apenas uma cicatriz de dever cumprido. Diz que foi muito gratificante e construtivo ter passado por ali, mas que é tempo de ir com um coração novo e renovado no alforge...
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