quinta-feira, abril 09, 2009

Campo minado...

Para além do que se pode ver, há uns espacinhos neste terreno que mutilam. De salto em salto, vai-se passando e procurando não acertar em cheio na mina, mas as minas parecem ambulantes, fazem questão de se manifestar onde menos é suposto e estão mesmo e sempre ali à espera de um único pé que as faça espanpanantemente triunfar, são certeiras, sabem quem rebentam, procuram pouco, mas desfazem muito. À medida que se avança, dá-se conta de que não resta muito espaço desminado. Os saltos são então mais curtos e cautelosos, até porque as mutilações lembram que só assim pode ser, lembram que só o que dói é que se sabe...
O terreno obriga a parar, a pensar duas, três vezes antes de caminhar, no fundo, convida a que a pessoa que nele ousa sonhar mine os outros, minando-se a si própria...
Espera-se sobreviver... luta-se pela desigualdade! Sim, a leitura é mesmo essa, desigualdade!!!

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