A festa permitiu-lhe fechar aquela ferida antiga e macilenta que por vezes lhe entorpecia a bondade e a tolerância. Como peixe em água, rodou por todos os convidados sem se sentir nefasta e inútil, afinal, o seu traço também estava lá. Bateu-lhe com força a saudade de projectos inacabados, de sonhos por realizar, de caminhos por andar, quando o primeiro rosto surgiu no ecrã branco com fundo negro e uma lágrima não quis fazer-se rogada. Surge a petição, mas a ferida já fechou e não entra nem sai mais nada. Foi o tempo, já não é o tempo, não se deixa levar pelo entusiasmo da festa que tantas vezes faz olhar tudo de uma outra forma, como se as dificuldades tivessem deixado de existir. Aquele ambiente já não é o seu e, no entanto, não se sente membro do passado, mas membro presente e do presente, visto que a memória nalguns casos é mais poderosa do que os dias que passam. Saiu com a certeza de que deixou marca, mesmo naqueles que a não entenderam. E o que fica é apenas uma cicatriz de dever cumprido. Diz que foi muito gratificante e construtivo ter passado por ali, mas que é tempo de ir com um coração novo e renovado no alforge...
1 comentário:
como entendo as tua palavras, tal como tu tb passei por la, de certo que ficam saudades, mas não ao ponto de atender a tal petição, é tempo de crescer em outras direcções, direcções essas que estão dispostas a crescer ctg,e ao mesmo tua cresceres com elas. Não somos de ficar acomodados á rotina a vontade de crescer é muito maior, por isso a saída foi inevitavel...
beijinho
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