segunda-feira, junho 29, 2009

As voltas de um erro...

Um pequeno erro pode levar-nos a dar voltas e voltas em busca de uma saída ou destino. Perdemo-nos ontem... Sem orientação nenhuma, sem placas, uma coisa surpreendente, nem uma placa a indicar o que quer que fosse, até que fomos parar à zona industrial ( nem esta estava sinalizada). Lá nos apareceu uma alma bondosa, dessas que ainda existem por aí fora, que nos serviu de batedor, senão penso que ainda agora lá andaríamos à procura do caminho certo. :) Mas depois de nos deixar, voltámo-nos a perder...é verdade! Enfim, depois de muita voltinha, lá chegámos ao destino.
Um simples erro desencadeia outros tantos, um simples erro faz-nos virar para outro lado e dispender energias que poderiamos aplicar em outras tantas e mais proveitosas coisas. Um simples erro ensina que tudo o que eu possa fazer sem errar me faz ganhar tempo, um simples erro ensina que eu não posso andar sem orientação, sem referência... :)

sábado, junho 27, 2009

A Palavra

Chego ao fim cansada...Não é um cansaço de desalento nem de indefinição! Queria chegar ao fim com o mesmo entusiasmo e calma com que iniciei. Nem um nem outro chegaram nas mesmas proporções iniciais: o entusiasmo é maior, mas mais contido; a calma é também muito maior, mas muito diferente. Embora já não sendo de muitas palavras, foi o ano em que a minha arma foi mais do que nunca o silêncio. A reflectir e a fazer um balanço deste percurso, só tenho duas coisas a concluir: a calma veio-me da confiança, nunca como este ano eu deixei, depois de fazer o que me competia, as situações nas mãos de Deus, inúmeras vezes repetia para mim mesma "confia, confia"... A segunda causa da calma foi a Palavra... Sem me aperceber imediatamente, a Palavra reflectida todas as quintas-feiras à noite foi-me ensinando a estar de outra forma e agora sei que fez toda a diferença. Chego cansada, mas sei que este desgaste me acrescentou...

segunda-feira, junho 08, 2009

Dia da Diocese



Sentimo-nos bem quando somos autenticamente acolhidos. Foi assim que me senti em Murça, ontem, no dia da diocese! Confesso que foi, de grande vontade, mas algo renitente...mais S.Paulo, todo o ano a falar de S.Paulo...Hmm, começa a cansar! Enganei-me...foi um dia nada cansativo e muito interessante! Foi ver que as únicas diferenças eram as cores dos vários arciprestados; não há novos nem velhos, há membros com funções distintas a trabalhar em favor de um só Corpo.

Um dia que foi bastante oportuno para serenar aquele desespero miudinho, que algumas vezes nos assalta, de sentirmos o sangue a sair das veias e a não revigorar e movimentar o Corpo... um dia para reaprender o Espírito Santo nas suas presença e actuação inesperadas e sempre pertinentes... um dia em que vários pontinhos luzentes se encontraram e fizeram jus à existência de uma família...

sexta-feira, junho 05, 2009

Pé ante pé até à laicização???????

Comissão Episcopal da Educação Cristã

CEEC apreensiva com a EMRC na Escola

Em reunião desta manhã, a Comissão Episcopal da Educação Cristã (CEEC) mostrou o seu "repúdio e apreensão" pela recente decisão do Ministério da Educação que, numa manobra imprevista pela CEEC e "rompendo as negociações em vigor entre a CEEC e o ME", vai enviar para as "Direcções Regionais de Educação um Ofício-Circular da Direcção-Geral de Inovação e de Desenvolvimento Curricular (OFC-DGIDC/2009/DSDC), dando cumprimento a um Despacho de Sua Excelência o Secretário de Estado da Educação, com um conjunto de orientações para a actuação dos estabelecimentos de ensino, relativas à disciplina-área disciplinar de Educação Moral e Religiosa Católica (EMRC) ".

Apreensão e ilegalidade

A CEEC mostra-se apreensiva e preocupada pois considera que com este despacho o Ministério da Educação se prepara para acabar com "um trabalho de diálogo entre as duas instituições iniciado em 2006".

Para a CEEC o despacho em questão refere duas questões que estavam, até este momento, em debate: " o Estatuto da disciplina de EMRC e o Estatuto do professor de EMRC".
Para os bispos da Comissão o conteúdo do despacho é ferido de "ilegalidade" uma vez que o estatuto do professor de quadro de EMRC está previsto na lei e a actual informação "limita e discrimina" estes docentes em relação aos seus pares.

A CEEC considera que tal medida "é inadmissível" e "impede a integração plena dos docentes de EMRC na vida, no funcionamento e nos projectos das escolas".

Em relação aos professores contratados a CEEC afirma que a "aplicação das orientações da informação do Senhor Secretário de Estado da Educação tem como consequência a discriminação destes em relação aos demais professores contratados de outros grupos disciplinares, uma vez que o seu horário-semanário só deverá ser preenchido com as horas de leccionação de EMRC remanescentes, não comportadas no horário do professor do quadro de EMRC, a não ser em situações excepcionais". Desta forma, prossegue o comunicado da CEEC, "o professor contratado de EMRC não poderá, em princípio, leccionar outras áreas ou disciplinas para as quais tenha habilitação própria, nem ocupar outros cargos ou funções". Assim os docentes contratados de EMRC vão enfrentar uma "situação de injusta desigualdade em relação aos demais, decorrendo daí prejuízos para a sua vida pessoal e carreira profissional, impedindo-os de participarem plenamente na vida da comunidade escolar."

Suspensão das orientações

No documento a CEEC reafirma o "total desacordo com as orientações oriundas da Secretaria de Estado da Educação relativas ao estatuto dos professores de EMRC, uma vez que lhes conferem um estatuto de menoridade" e pede ao Ministério da Educação " a sua imediata suspensão."

No final do documento os bispos da CEEC mostram-se "solidários com as escolas que vêem com séria preocupação a introdução de medidas que restringem a reconhecida e necessária colaboração dos professores de EMRC na sua vida e funcionamento" e expressam o seu "reconhecimento a todos os docentes de EMRC pelo trabalho até agora efectuado".

8º Mandamento...

" NÃO LEVANTAR FALSOS TESTEMUNHOS, NEM DE QUALQUER OUTRO MODO FALTAR À VERDADE OU DIFAMAR O PRÓXIMO."

Vim aqui porque me apetece bater em alguém, assim bato nas palavras e no teclado para as escrever e fica o caso mais ou menos resolvido.
Quem não tem que dizer, está calado...Quem não tem vida própria, é favor de a arranjar para não se ocupar com a dos outros...Quem não sabe das coisas, não fala delas...e acima de tudo que não as invente!
Espero que saibam contar até oito...pelo menos!

quarta-feira, junho 03, 2009

Lá dentro...


...mora confortavelmente o José Pedro!
: ) : ) : ) : ) : )

terça-feira, junho 02, 2009

Na altura certa, é preciso falar...

Falar não é assim tão fácil... Há situações em que as nossas palavras podem gerar conflitos, podem parecer que nos fará perder alguma coisa, podem causar-nos o receio de sermos mal interpretados! Tudo isto é muito certo e então, calamos, mas às vezes é necessário mesmo falar, ainda que isso implique burburinhos, traga dissabores e dedos apontados, dê origem a desertores, que afinal não estariam assim tão vincados ao ideal... Todas as palavras têm o seu momento oportuno e quando ele surge, há pessoas que precisam mesmo de ser incomodadas, para ver se se levantam da letargia característica daqueles que se sentam no sofá dos importantes a pensar que sabem tudo e que, afinal, sabem tão pouco. Não é fácil, sim! Mas é que se não abanamos, outros rapidamente querem um sofá igual!
Força e coragem aos que precisam de dizer alguma coisa (para o bem, claro) e ainda não o fizeram! Citando Lavoisier: " Nada se perde, tudo se transforma".

segunda-feira, junho 01, 2009

Segredos...

Costumam ver a luz das palavras em surdina, mesmo que ninguém esteja por perto, e em particular. De entre muitas, escolhe-se uma pessoa que os saibam acalentar num cantinho onde mais ninguém lhes possa chegar. Por comportarem uma carga que não se consegue suportar sozinho, ou porque nos alegram em abundância, ou porque nos preocupam ou entristecem, ou simplesmente, por qualquer outra razão que os fazem ser segredos, só deixam assentar sentimentos e sensações depois de serem soltos...e parece que fica um alívio, eles sossegam quando se sentem partilhados e deixam serenar, permitindo um maior discernimento sobre o que quer que se trate. Contar um segredo é uma das mais fiéis e profundas formas de partilha...Receber um segredo é um dos mais fortes indícios de confiança. Ter um número considerável de pessoas em quem se possa confiar um segredo é primoroso, não as coloquemos, porém, a todas sabedoras da existência deles, nem as chamemos constantemente a atenção de que se trata de um segredo e que, portanto, não deve ser dito...quem o acolhe com sincera cumplicidade, sabe que é para silenciar...!
Há depois aqueles que, para além da luz das palavras, a luz do tempo e das circunstâncias vão mostrando; há aqueles que a luz da cumplicidade vai guardando confiadamente e há aqueles outros que permanecem segredos a vida inteira à luz da unicidade humana!