quarta-feira, maio 13, 2009

No banco da escola...

Ele abeirou-se dela pacatamente, com aquele sorriso que o definia muito bem.
Ele: Não acredito! Faltaste às aulas?
Ela: Não! Só entro a seguir. Estou à espera das minhas amigas que foram ao bar!
Ele: Ah, está bem!
Depois de alguma conversa, ele ousa:
Ele: Sabes, um dia gostava de casar com alguém assim como tu.
Ela: Ah sim?
Ele: Sim! Assim atinadinha e que já sabe o que quer.
Ela: (Sorrisos)Hmm! Mas entretanto, vais andando e namorando com quem queres e quantas queres!
Ele: Oh, isso não tem nada a ver!
Ela: Pois não, tem tudo a ver! Já reparaste no que vais deixar para os outros? Como podes querer que os outros te deixem algo especial?
Entretanto, ele começa a namorar com uma rapariga que (para sermos suaves nos termos) já muitos outros tinham deixado para ele agora.
Os anos foram passando e os caminhos foram variados. Passados uns tempos, este ele e esta ela encontram-se por acaso na rua!
Ela: Há quanto tempo! Não esperava ver-te por aqui! Muito bom reencontrar-te! Como estás?
Ele: Estou bem! Consegui entrar para a universidade!
Ela: Que bom! Fico muito contente por ti!
Como sempre foram de diálogo muito aberto(agora já não são- coisas que a vida vai fazendo), ele continua.
Ele: Mas sabes, ando um pouco triste!
Ela: Porquê?
Ele: Toda a gente me diz mal da minha namorada, que ela é isto e que ela é aquilo...
Sem saber muito bem o que dizer, comprometida com a sua própria opinião, mas sem se achar no direito de julgar quem quer que fosse, ela responde.
Ela: E tu gostas dela?
Ele: Muito!
Ela: Então, isso é que importa. Segue a tua vida!
E de facto, ele seguiu! Casou com a namorada!
Colhemos tudo o que dizemos e fazemos!
Se queremos para nós, também temos de deixar para os outros.

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