Quarenta dias penitenciais para uma nova oportunidade, para reflexão, para reconciliação, para renascimento, para vitória. Inicia-se o tempo quaresmal com a celebração da imposição das cinzas. Lembra-me, de facto, a morte, quando elas nos são derramadas sobre a cabeça, talvez em jeito de nos fazer reviver depois mais fielmente a alegria da ressurreição. Arrepia-me esta prática! Não sei porquê, nem me incomoda a certeza de morrer fisicamente.
"Lembra-te que és pó e ao pó hás-de voltar."
Lembra-te de que a oração é meditada, prolongada e até isolada.
Lembra-te de que o jejum não é tão somente tirar à boca, mas também tirar a todos os outros órgãos portadores de sentidos.
Lembra-te de que a esmola é na generosidade límpida, genuína e secreta que tem o seu maior valor.
Lembra-te de que nada és e que tudo o que te traga vanglória diante dos homens não te eleva aos olhos de Deus.
Lembra-te de que a oração, o jejum e a esmola só serão válidos se vividos no ânimo do Espírito.
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