quarta-feira, janeiro 09, 2008

Serenidade


"Era uma vez um homem conhecido pela sua serenidade. Nunca se irritava com ninguém. Para o experimentar, os colegas combinaram levá-lo à irritação e à discussão. Para isso, prepararam um almoço, para o qual também o convidaram. Logo de início, foi servida a sopa. A empregada do restaurante, cumprindo as ordens recebidas, passou à esquerda dele, que imediatamente estendeu o seu prato para ser servido. Ms ela ignorou-o e continuou a servir os outros.
Ele esperou calmamente e em silêncio, aguardando que ela voltasse com a sopa. Desta vez, porém, ela aproximou-se pela direita. Estendeu de novo o prato, mas de novo foi ignorado.
Naquele momento todos o observavam discretamente para ver a sua reacção. Educadamente, chamou a servente que, fingindo estar impaciente, perguntou:
- O senhor que deseja?
Ao que ele respondeu, com toda a naturalidade:
- A menina não me serviu a sopa.
Ela, para o provocar, respondeu:
- Servi, sim senhor.
Ele olhou para ela, olhou para o prato vazio e ficou pensativo alguns segundos. Depois, tranquilamente, disse:
- Serviu, sim, mas eu quero um pouco mais.
Todos constataram que era realmente um homem muito calmo."

Ainda que não seja fácil, a serenidade deixa-nos muito mais tempo para apreciarmos verdadeiramente o dom da vida.

Beijinho sereno


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