quarta-feira, dezembro 31, 2008
E pronto...! :)
vale a pena pela possibilidade
dos frutos serem colhidos.
Se não houver frutos,
vale a pena pela possibilidade
de colhermos flores.
Se não houver flores,
vale a pena pela possibilidade
de desfrutar os sonhos dos galhos e folhas.
Se não houver galhos e folhas,
vale a pena pela possibiidade
de contarmos com o tronco.
Na ausência do tronco,
vale a pena pelos benefícios possíveis da raíz.
Não havendo raiz,
acreditamos no valor da intenção
de preparar o terreno
e plantar a semente!
(Autor Desconhecido)
terça-feira, dezembro 30, 2008
Uma das razões por que não gosto...
Um ano de 2009 sereno
Beijinho sereno***
Ser feliz é...perder!
Então alguém dizia que, tal como um carpinteiro que constrói uma cadeira e que tem de fazer encaixar as peças, cortando, aplainando, limando, também a felicidade é assim, trabalhada, cortada, carpinteirada. Embora os pedaços de madeira sejam peças únicas, é necessário que se "transformem" para assim se chegar ao produto final.
sexta-feira, dezembro 19, 2008
O Natal em crise???
sexta-feira, dezembro 12, 2008
Parabéns :)
quinta-feira, dezembro 11, 2008
Carta Verde ao Pai Natal
Porque não me trazes o meu Magalhães prometido?
Nos 60 anos (10.12.2008) da Declaração Universal dos Direitos Humanos, lembrando os meninos que ignoram a ilusão e a esperança de receber um presente de um pai natal qualquer…
Caríssimo Pai Natal,
Porque já me conheces de outros carnavais, pelo menos das cartas que te escrevi no Natal de 2003, 2004 e 2006, não precisarei de te lembrar que quando a ti me dirijo não é para exigir nada de pessoal, mas para te pedir pelos que mal podem falar ou para te sugerir que não nos mandes “mais presentes envenenados” (cf. Geresão de 12/2003).
Nesta missiva, não posso deixar de recordar essa carta aberta com palavras de revolta, onde te dizia que “Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos”, como se lê no artigo 1.º da Declaração Universal dos Direitos HUMANOS, mesmo que haja sempre “uns mais iguais do que outros”. E, porque em 2008, se comemoram 60 anos sobre a criação da carta magna dos direitos das Pessoas (Gostei do Pessoas com letra maiúscula : )), queria dizer-te que é incrível que se continue a fazer diferença entre meninos maus (que não sabem porque o são e são-no sem o saber) e meninos bons (que o são sem querer e vivem sem o saber), sendo estes últimos os únicos, porque te pedem ou porque alguém lhos pede por eles, que recebem presentes, Pai Natal!
Por isso, nesta carta verde que hoje te escrevo, volto a protestar não só contigo, mas também com os CTT – Correios de Portugal que, depois do correio normal (que ficou anormal), do correio azul (que deixou de ser rápido), inventaram agora o correio verde, que pretende ser mais rápido (e mais caro, claro), mas são incapazes de responder às cartas ou aos pedidos dos meninos que não sabem escrever ou daqueles que não sabem e não podem pedir, mesmo que, no fundo, não sejam maus… Imagina até que, nas cidades, os meninos que vão às grandes lojas de brinquedos já têm lá cartas escritas para te mandar e, assim, te poderem pedir, mesmo os maus, muitas prendas no Natal!
Mas o pior de tudo, Pai Natal, e essa é a grande razão desta minha nova carta de revolta, é aquilo que os senhores do Governo andam a fazer num pequeno país chamado Portugal. Eles, porque se dizem engenheiros, inventaram um novo brinquedo chamado Magalhães, que prometeram oferecer a todos os meninos que andam nas Escolas de aprender a ler, a escrever e a contar.
Só que, antes mesmo de os meninos terem essa coisa a que chamam computador para crianças, os senhores do Governo já andavam a brincar com ele e a rir, em vez de trabalharem e de resolverem os graves problemas do nosso pobre País.
Entretanto, uma senhora doutora muito severa chamada Lurdes, a tal que se lembrou de avaliar os nossos professores, que agora não têm tempo para nos ensinar, anda pelas nossas Escolas a falar e a prometer o computador Magalhães, acompanhada de outro senhor sorridente chamado Sócrates, de quem eu na Escola aprendi ter sido um filósofo grego morto há muito tempo, mesmo antes do teu amigo Jesus Cristo(Jesus Cristo é amigo do Pai Natal? Nunca percebi muito bem esta mistura do pagão com o cristão…aliás, o que eu não percebo mesmo é que os cristãos assim se deixem envolver por tradições pagãs…), mas que dizem (agora) que se faz passar por engenheiro e por governante do nosso País.
Para tu perceberes bem as coisas estranhas que por aqui se passam, vou apenas contar-te três estórias diferentes, mas todas relacionadas com esse novo brinquedo.
Na aldeia do Luisinho, em Covide, que fica muito longe, lá na serra do Gerês, e onde este mês já caiu neve e aonde tu, assim, já podes ir - o que nunca até hoje fizeste; nessa aldeia, no início deste ano lectivo, os meninos e a senhora Professora, em vez de aprenderem a ler, a escrever e a contar, andaram a preencher uns papéis para receber o Magalhães, com a promessa de que todos os meninos, que são pobres, teriam direito A esse brinquedo de graça. Mas também, Pai Natal, se é um brinquedo, se é um presente, se eles são pobres e se a senhora Professora também o é, POR QUE RAZÃO ( aqui não se aplicaria melhor “ por que”?) haveriam de o pagar? Só que até hoje, e o Natal está mesmo a chegar, nada de brinquedos, nada de prendas, nada de Magalhães… mesmo que esses meninos se tenham portado muito bem.
Na cidade de Braga, onde vive o primo do Luisinho, o Tó Quico, numa escola perto da casa dele, o senhor que foi filósofo e agora é engenheiro, passou por lá, vestiu a tua roupa, mesmo sem ser ele o Pai Natal, e ofereceu o Magalhães a todos os meninos da escola que fica perto do trabalho do pai do Tó Quico! O pai do Tó, que também é professor, soube que este brinquedo foi pago por um senhor da cidade, que é muito amigo das pessoas que são amigas dele. Então o Tó perguntou: - Pai, se é um presente prometido pelo engenheiro Sócrates, porque tem de ser o senhor de Braga a pagá-lo? E porque é que eu, que sou de Covide, mas também de Braga, não recebi nem lá nem cá o meu Magalhães?... Aí, o pai do Tó disse-lhe, sem a mãe ouvir, que ele não queria falar mais disso, que o Magalhães tinha ido com os cães e que ele não percebia nada dessas coisas de presentes de uns que são pagos por outros. Ou melhor: que sabia, mas que essas eram coisas de pessoas grandes e não de meninos que não sabem ler as coisas!...
O pior, porém, Pai Natal, não tinha ainda acontecido! Na terra do Dinis, um amigo do Tó, os meninos também receberam a visita da senhora severa e do senhor sorridente, que lhes vieram trazer o brinquedo Magalhães. Os meninos estavam na sua escola e já tinham todos o presente oferecido em cima das suas mesas e estavam, claro, todos muito felizes, porque já iam poder brincar, coisa que não faziam há muito tempo. Só que, por magia, depois de os dois senhores do Governo passarem pela Escola, que fica em Ponte de Lima, a vila mais antiga de Portugal, os computadores desapareceram e houve alguém que disse mesmo, como o pai do Tó: - O Magalhães foi com os cães…
E diz-me tu, Pai Natal, que me pareces bom e justo: - Como é possível prometerem, aos meninos pobres da aldeia, um brinquedo e não o darem; prometerem e darem um brinquedo, aos meninos bonitos da cidade; darem e tirarem um brinquedo, aos meninos tristes da vila? Por isso, meu bom amigo Pai Natal, eu te pergunto, quase a chorar: - Porque fazem eles destas coisas estranhas neste País pequeno onde, por acaso, também cai neve? E porque não me trouxeste ainda o meu Magalhães prometido pelo senhor do Governo, pelo meu pai e por ti também, pois claro?! Porquê, Pai Natal? Porquê, se eu também sou um menino de Portugal e gosto tanto (ou mais) de brincar quanto os senhores grandes do Governo brincam (connosco)?
Se não me trouxeres mesmo o meu Magalhães preferido, já que o meu pai também não o deixaria entrar aqui em casa, pelo menos, Pai Natal, responde-me a esta carta que é verde (talvez de raiva, como se dizia no tempo da minha avó…), e que também é verde, porque eu tenho ainda alguma ilusão e alguma esperança em ti…
P.S. – E, porque podes não acreditar em mim por ser ainda criança, mando-te a cópia que o meu pai me mandou fazer, como castigo por eu lhe estar sempre a falar do Magalhães: é uma notícia intitulada “Magalhães, só para a fotografia”, publicada numa revista chamada Visão (N.º 820, 20/11/2008, p. 34). Parece que os senhores, os jornalistas, que fazem sempre MUITAS perguntas como nós, as crianças, vêem e percebem já algumas coisas, entre as quais esta história estranha do Magalhães, que veio para Portugal depois de um outra ideia, de que eu até gostava, que era o Ler+…
Braga e U.M., 10/12/2008
ACSILVA@IEP.UMINHO.PT
sábado, dezembro 06, 2008
Um pouco mais longe
que não me habitue a colocar-Te num lugar certo,
que não me iluda
de que Tu és Quem eu penso que és.
Senhor, ensina-me que Tu estás sempre um pouco mais longe:
para lá do que eu penso,
para lá do que eu imagino que és,
para lá do que eu Te peço,
para lá das palavras com que Te descrevo,
para lá do que sei de Ti.
Senhor, ensina-me a ver-Te:
onde parece que não podes estar,
onde perguntam os que não crêem, se Tu estás ou não,
onde as aparências enganam,
onde a realidade da vida é tão espessa que não se vê nada,
onde os meus olhos não conseguem descobrir-Te.
Senhor, educa os meus olhos
para o imprevisto, onde Tu estás,
para o que dói, onde Tu estás,
para o escuro, onde Tu estás,
para a claridade que me cega, onde Tu estás,
para a beleza que me deslumbra, onde Tu estás,
para Te descobrir sempre e em tudo, onde Tu estás.
M.P.Ayerra
Senhor, por terra diante de Ti...
quinta-feira, dezembro 04, 2008
Parabéns...
Quantas vezes Senhor...
Eu te virei as costas
E procurei em vão
Noutros lados Tuas respostas
Quantas vezes Senhor
Duvidei do que não via
E minha fé vacilou
Enquanto o orgulho crescia
Mas um dia ao acordar
O Sol tocou minha face
Senti no meu coração
Como se uma luz despertasse
Uma alegria plena
Que não sentia desde criança
Era então um homem novo
Cheio de paz, amor e confiança
Fechei os olhos e procurei
De onde vinha aquela luz
Ajoelhei-me e chorei
Quando me sorriste na cruz
Percebi finalmente
Os caminhos por onde andava
E tal como o filho pródigo
À Tua casa, Pai, voltava
Tive vergonha de entrar
Estava sujo pelo pecado
Abriste-me as portas
Sentaste-me na mesa a Teu lado
Quando por fim abri os olhos
Estremeci com o desgosto
Em vez de amor e alegria
Vi tristeza e ódio em cada rosto
Ensina-me Senhor
A tocar cada coração
E eu levarei a luz
A qualquer homem na escuridão
Mostrar a qualquer soldado
Que empunhe a sua lança
Que o inimigo é irmão
E a paz um sinal de esperança
Em cada lar despedaçado
Pelo ciúme e traição
Eu levarei Senhor
Teu amor e teu perdão
A cada idoso cansado
Que conta as horas sozinho
Lavarei a confiança,
O amor e o carinho
Ao coração destroçado
Que perdeu um ente-querido
Serei eu a consola-lo
A dar-lhe o meu ombro amigo
Ao sem abrigo que dorme
À chuva e ao frio ao relento
Levarei Tua palavra
Para aquece-lo por dentro
À criança que sorri
Sem perceber o motivo
Eu direi: “Deus está em ti,
No teu coração Ele está vivo”
Quando por fim à minha volta
Transbordar alegria e amor
Sei que reinas em cada um
Como reinas em mim Senhor...
Do nosso poeta :) Hugo Santos C.F. 1080
sexta-feira, novembro 28, 2008
Dois ouvidos e uma boca...
Escutar a Palavra, conduzi-la ao coração e deixar que ela transforme a nossa vida!!!
Mais do que falar, escutar... e depois falar com as mãos!!!
Aos meninos e meninas que se propuseram a abdicar de um pouquinho da sua vida e do seu fim-de-semana ( até mesmo do jogo do Académica :) ) para se encontrarem com Deus, consigo mesmo e com os outros!
Bom Convívio Fraterno!!!!
:) :) :) :) :) :) :)
quinta-feira, novembro 27, 2008
Direitos e deveres...
Só direitos...fazem um chinfrim enorme, porque este ou aquele direito lhe está a ser dificultado. Claro que lutam pelo que lhes é devido, mas não se vê esse frenesim todo quando faltam aos deveres que lhes compete...aí já estão outros a reclamar direitos!!!
O direito de cada um depende dos deveres de todos e os deveres de todos dão direitos a cada um...
É difícil???...
domingo, novembro 23, 2008
Ser Rei...
O primeiro e último dever de qualquer autoridade é servir...
Servir...
E nós podemos ser reis...sem coroa!!!
Porque reinar é servir...
Reinar é servir e amar!!!
Então qual é a missão???
REINAR!
Uma excelente semana e um sublime reinado!
quarta-feira, novembro 19, 2008
Fuga de informação...
"Burros como um soco..."
sexta-feira, novembro 14, 2008
Quem escreveu " Os Lusíadas"?
Numa manhã, a professora pergunta ao aluno:
- Diz-me lá quem escreveu 'Os Lusíadas'?
O aluno, a gaguejar, responde:
- Não sei, Sra. Professora, mas eu não fui.
E começa a chorar.A professora, furiosa, diz-lhe:
- Pois então, de tarde, quero falar com o teu pai.
Em conversa com o pai, a professora faz-lhe queixa:
- Não percebo o seu filho. Perguntei-lhe quem escreveu 'Os Lusíadas' e elerespondeu-me que não sabia, que não foi ele..
Diz o pai:
- Bem, ele não costuma ser mentiroso, se diz que não foi ele, é porque nãofoi. Já se fosse o irmão...
Irritada com tanta ignorância, a professora resolve ir para casa e, na passagem pelo posto local da G.N.R., diz-lhe o comandante:
- Parece que o dia não lhe correu muito bem...
- Pois não, imagine que perguntei a um aluno quem escreveu 'Os Lusíadas' respondeu-me que não sabia, que não foi ele, e começou a chorar.
O comandante do posto:
- Não se preocupe. Chamamos cá o miúdo, damos-lhe um 'aperto', vai ver queele confessa tudo!Com os cabelos em pé, a professora chega a casa e encontra o marido sentado no sofá, a ler o jornal.Pergunta-lhe este:
- Então o dia correu bem?
- Ora, deixa-me cá ver. Hoje perguntei a um aluno quem escreveu 'OsLusíadas'. Começou a gaguejar, que não sabia, que não tinha sido ele, e pôs-se a chorar. O pai diz-me que ele não costuma ser mentiroso. O comandante da G.N.R. quer chamá-lo e obrigá-lo a confessar. Que hei-de fazer a isto?
O marido, confortando-a:
- Olha, esquece. Janta, dorme e amanhã tudo se resolve. Vais ver que se calhar foste tu e já não te lembras...! *
(enviado por email)
Nota: É só para rir um bocadinho, não para ferir susceptibilidades...até porque também não percebo muito bem a razão da professora ter ficado logo furiosa...
quinta-feira, novembro 13, 2008
(In)Coerências...
terça-feira, novembro 11, 2008
Recordações...
segunda-feira, novembro 10, 2008
Concretos...
sexta-feira, novembro 07, 2008
quinta-feira, novembro 06, 2008
Na fábrica...
domingo, novembro 02, 2008
Duas perguntas...ou anedotas!!!
Situação: num local da minha freguesia, o sacristão leva dois euros e meio por cada missa... Ora bem, se houver acólitos, que há, pelo menos aos Domingos, recebe só por rodar a chave na fechadura...
Definição: no mínimo, fácil e materialista...
Consequência: qualquer dia não há igrejas que cheguem para receber toda a gente...se for a pagar, não duvideis que não vão chegar os bancos!!!
Segunda: O que mais faltará pagar?
Situação: numa freguesia vizinha, o toque de finados é pago....com a agravante de haver um sino para os pobres e um para os ricos(o mais pequeno). Quanto mais se tocar, mais se paga e quem quiser que o sino mais pequeno toque, paga mais!!!
Definição: no mínimo dos mínimos, insólito...
Consequência: qualquer dia nos campanários, em vez do nome e da data de nascimento e de falecimento, há-de ler-se: tocou o sino grande ou tocou o sino pequeno durante X minutos, o que dá um total de X euros.....
Aqui tão perto e eu que não sabia destas duas anedotas....
A luzinha que incomoda a escuridão!
quinta-feira, outubro 30, 2008
quarta-feira, outubro 29, 2008
Onde acaba a noite e começa o dia?
sexta-feira, setembro 19, 2008
Elo
Ter-se um elo forte não indica que sejamos inevitavelmente os melhores e até os maiores. Precisamos de elos para nos sentirmos sintonizados com o mundo, com os outros. Os mais pequenos podem surpreender-nos com a sua resistência, porque não precisam de aparatos nem de grandes bravuras para se definirem. Os mais robustos podem, por vezes, quebrar-se nas circusntâncias do interesse e da inveja...Ter-se um elo é fácil...quer seja pequeno ou grande...agarramo-nos facilmente a qualquer coisa que nos cative.
Ser-se um elo leva mais curvas a percorrer, demora mais tempo...Um elo não aceita com resignação a vontade de Deus, um elo procura a vontade de Deus. A resignação conduz à inacção, ao conformismo; a procura conduz-nos ao caminho e se conduz ao caminho, leva-nos à meta. Para a meta, que é Ele mesmo, Deus dá realmente a cada um de nós o que necessita. Se me não tivesse dado a mim a característica da exigência, com os outros, mas sobretudo comigo mesma, já há muito teria perecido espiritualmente...já há muito os meus elos se teriam quebrado...
segunda-feira, setembro 15, 2008
Peregrinação Anual dos Convívios Fraternos 2008
quarta-feira, setembro 03, 2008
Velhice...
Simplesmente não há lugares!
quarta-feira, agosto 06, 2008
A terra que nos limita...
domingo, julho 27, 2008
Impressões...
quarta-feira, julho 23, 2008
G8 e a fome no mundo...
Os líderes das oito economias mais industrializadas do mundo (G8), reunidos numa cimeira no Japão, estão a causar espanto e repúdio na opinião pública internacional, após ter sido divulgada aos órgãos de comunicação social a ementa dos seus almoços de trabalho e jantares de gala.
Reunidos sob o signo dos altos preços dos bens alimentares nos países desenvolvidos - e consequente apelo à poupança -, bem como da escassez de comida nos países mais pobres, os chefes de Estado e de Governo não se inibiram de experimentar 24 pratos, incluindo entradas e sobremesas, num jantar que terá custado, por cabeça, a módica quantia de 300 euros.
Trufas pretas, caranguejos gigantes, cordeiro assado com cogumelos, bolbos de lírio de Inverno, supremos de galinha com espuma de raiz de beterraba e uma selecção de queijos acompanhados de mel e amêndoas caramelizadas eram apenas alguns dos pratos à disposição dos líderes mundiais, que acompanharam a refeição da noite com cinco vinhos diferentes, entre os quais um Château-Grillet 2005, que está avaliado em casas da especialidade online a cerca de 70 euros cada garrafa.
Não faltou também caviar legítimo com champanhe, salmão fumado, bifes de vaca de Quioto e espargos brancos. Nas refeições estiveram envolvidos 25 chefs japoneses e estrangeiros, entre os quais alguns galardoados com as afamadas três estrelas do Guia Michelin.
Segundo a imprensa britânica, o "decoro" dos líderes do G8 - ou, no mínimo, dos anfitriões japoneses - impediu-os de convidar para o jantar alguns dos participantes nas reuniões sobre as questões alimentares, como sejam os representantes da Etiópia, Tanzânia ou Senegal.
Os jornais e as televisões inglesas estiveram na linha da frente da divulgação do serviço de mesa e das reacções concomitantes. Dominic Nutt, da organização Britain Save the Children, citado por várias folhas online, referiu que "é bastante hipócrita que os líderes do G8 não tenham resistido a um festim destes numa altura em que existe uma crise alimentar e milhões de pessoas não conseguem sequer uma refeição decente por dia". Para Andrew Mitchell, do governo-sombra conservador, "é irracional que cada um destes líderes tenha dado a garantia de que vão ajudar os mais pobres e depois façam isto".
A cimeira do G8, realizada no Japão, custou um total de 358 milhões de euros, o suficiente para comprar 100 milhões de mosquiteiros que ajudam a impedir a propagação da malária em África ou quatro milhões de doentes com sida. Só o centro de imprensa, construído propositadamente para o evento, custou 30 milhões de euros."
terça-feira, julho 22, 2008
Transparências
quarta-feira, julho 09, 2008
Almofada especial!
Havia aqui no concelho uma idosa acamada e a filha estava a tomar conta dela. Num daqueles últimos desejos, a senhora só pedia à filha que, quando morresse, queria levar a almofada que a confortava com ela. A filha sem entender muito bem, dizia sempre que sim ao pedido da mãe. Porém, o rogo insistente da mãe e o impedimento de nem sequer deixar mudar a fronha deixavam a filha cada vez mais intrigada. Um dia, a senhora faleceu. Finalmente, a filha podia pegar na almofada e satisfazer a sua curiosidade. À primeira vista, era uma almofada mais do que normal, além da sujidade que a corrompia. Decidiu abri-la e eis que lhe surge todo o espanto do mundo... Sabeis o que tinha a almofada??? Estava recheada de dinheiro! Verdade....! Numa lógica quase furiosa, a filha não lhe colocou a almofada no esquife, afinal, tinha estado a tratar dela sem lhe cobrar nada e ainda queria levar o dinheiro com ela.
segunda-feira, junho 30, 2008
" Os sete sapatos sujos. "
À porta da modernidade precisamos de nos descalçar.
Eu contei "Sete Sapatos Sujos" que necessitamos de deixar na soleira da porta dos tempos novos.
Haverá muitos. Mas eu tinha que escolher e sete é um número mágico:
Primeiro Sapato: a ideia de que os culpados são sempre os outros.
Segundo Sapato: a ideia de que o sucesso não nasce do trabalho.
Terceiro Sapato: o preconceito de que quem critica é um inimigo.
Quarto Sapato: a ideia de que mudar as palavras muda a realidade.
Quinto Sapato: a vergonha de ser pobre e o culto das aparências.
Sexto Sapato: a passividade perante a injustiça.
Sétimo Sapato: a ideia de que, para sermos modernos, temos que imitar os outros."
Mia Couto
quarta-feira, junho 25, 2008
Desencontros
terça-feira, junho 24, 2008
Medo de quê?
Animados por esta certeza temos medo de quê? "
quarta-feira, junho 18, 2008
O Vagabundo na Esplanada
O Vagabundo na Esplanada
A surpresa, de mistura com um indefinido receio e o imediato desejo de mais acautelada perspectiva de observação, levava os transeuntes a afastarem-se de esguelha para os lados do passeio. Pela clareira que se abria, o vagabundo, de mãos nos bolsos das calças, vinha, despreocupadamente, avenida abaixo. Cerca de cinquenta anos, atarracado, magro, tudo nele era limpo, mas velho e cheio de remendos. Sobre a esburacada camisa interior, o casaco, puído nos cotovelos e demasiado grande, caía-lhe dos ombros em largas pregas, que ondulavam atrás das costas ao ritmo lento da passada. Desfiadas nos joelhos, muito curtas, as calças deixavam à mostra as canelas, nuas, finas de osso e nervo, saídas como duas ripas dos sapatos cambados. Caído para a nuca, copa achatada. Aba às ondas, o chapéu semelhava uma auréola alvacenta. Apesar de tudo isso, o rosto largo e anguloso do homem, de onde os olhos azuis-claros irradiavam como que um sorriso de luminosa ironia e compreensivo perdão, erguia-se, intacto e distante, numa serena dignidade. Era assim, ao que se via, o seu natural comportamento de caminhar pela cidade. Alheado, mas condescendente, seguia pelo centro do passeio com a distraída segurança de um milionário que obviamente se está nas tintas para quem passa. Não só por educação mas também pelo simples motivo de ter mais e melhor em que pensar. O que não sucedia aos transeuntes. Os quais, incrédulos ao primeiro relance, se desviavam, oblíquos, da deambulante causa do seu espanto. E à vista do que lhes parecia um homem livre de sujeições, senhor de si próprio em qualquer circunstância e lugar, logo, por contraste, lhes ocorriam todos os problemas, todos os compadrios, todas as obrigações que os enrodilhavam. E sempre submersos de prepotências, sempre humilhados e sempre a fingir que nada lhes acontecia. Num instante, embora se desconhecessem, aliava-os a unânime má vontade contra quem tão vincadamente os afrontava em plena rua. Pronta, a vingança surgia. Falavam dos sapatos cambados, do fato de remendos, do ridículo chapéu. Consolava-os imaginar os frios, as chuvas e as fontes que o homem havia de sofrer. No entanto, alguém disse:
Manuel da Fonseca, «O Vagabundo na Esplanada», Tempo de Solidão, Lisboa, Arcádia 1973
quarta-feira, junho 04, 2008
A minha Pátria
sábado, maio 31, 2008
O coração dos Homens e o Amor de Deus.
sexta-feira, maio 30, 2008
Valeu a pena!
quarta-feira, maio 14, 2008
Basta-me...
domingo, maio 11, 2008
Pentecostes
sexta-feira, maio 09, 2008
Vitalis ou Mortalis?
quinta-feira, maio 08, 2008
Íman
terça-feira, abril 29, 2008
Fugiríeis?
Passagem de testemunho...
terça-feira, abril 22, 2008
Pela fé...na eternidade!
terça-feira, abril 08, 2008
Peso e medida
sexta-feira, abril 04, 2008
Caminho de Emaús
Dois dos Teus amigos vão de viagem, sérios, preocupados,
dando voltas à sua cabeça, à vida.
De vez em quando comentam as suas saudades...falam de Ti,
do vazio que deixaste neles, da falta que lhes fazes.
Tu, de repente, pões-Te a caminho com eles, e metes-Te na conversa.
E julgam-Te estranho, porque lhes falas dos profetas.
Quantas vezes andamos assim, Senhor, pela vida!
Preocupados. Procurando-Te, mas sem te encontrar.
Faz que as nossas conversas sejam mais profundas,
que não gastemos tanta energia em ter razão, mas em chegar a acordo.
E sobretudo, que saibamos olhar o outro nos olhos e ver-Te a Ti,
que Tu estás sempre no irmão...
no que faz caminho ao nosso lado.
Agradam-nos mais os grandes discursos do que os encontros.
Partilhamos trabalho, refeições, viagens...mas não partilhamos a vida.
Estamos próximos, muito próximos, juntos todo o dia,
mas não falamos de nós com o coração nas mãos.
Ensina-nos a partilhar, a compartilhar de verdade a vida,
não só a borga, o aperitivo e a última notícia; não, Senhor;
ajuda-nos a manter conversas íntimas,
das que ajudam a ser e a viver, das que se parecem com as Tuas.
Fica connosco, para que sejamos Tua presença no nosso mundo.
Oração à palavra de Domingo- Ano A - Álvaro Ginel e Mari Patxi Ayerra
quarta-feira, abril 02, 2008
Jovem...sempre!
(...) Este doce inclinar-se, cheio de frescura
e ao mesmo tempo de calor
é silenciosa reciprocidade.
Fechado naquele abraço - como se fosse uma carícia no rosto
após o qual surge espanto e silêncio, silêncio sem palavras
sem nada compreender nem comparar,
naquele silêncio sinto, sobre mim, o inclinar-se de Deus.»
Karol Wojtyla ( com 26 anos de idade)
segunda-feira, março 31, 2008
Onde está Deus quando acontecem coisas más?
Fertilizante que nos torna compactos...
quarta-feira, março 26, 2008
Viagens
Lareiras...
Teatro
terça-feira, março 25, 2008
Pedir
terça-feira, março 18, 2008
A humilhação e o orgulho
segunda-feira, março 17, 2008
A tolerância e o diálogo fazem muito...
sexta-feira, março 14, 2008
Casas em chamas
terça-feira, março 11, 2008
Eça Agora
De mais ninguém senão de ti...
do teu sereno olhar, do teu sorriso,
da tua mão pousada no meu ombro.
Ouvir-te murmurar: espera e confia.
E sentir transformar-se em alegria
o que era, antes, confusão e assombro."
Carlos Queirós
sexta-feira, março 07, 2008
Mulher Humanidade
no tempo dos tempos
sempre acrescentada,
entre o primeiro dia e do de hoje,
aí estiveste, aqui estás,
Teu nome, Mulher!
quinta-feira, março 06, 2008
À velocidade do gafanhoto ou ainda mais...
Para ti que talvez não me leias...
Nunca mais
Caminharás nos caminhos naturais.
Nunca mais te poderás sentir
Invulnerável, real e densa -
Para sempre está perdido
O que mais do que tudo procuraste
A plenitude de cada presença.
E será sempre o mesmo sonho, a mesma ausência.
Sophia de Mello Breyner Andresen
quarta-feira, março 05, 2008
O loureiro
terça-feira, março 04, 2008
Pergunta extremosa, distraída, humorística ou outra qualificação qualquer???
quarta-feira, fevereiro 27, 2008
Abaliaçom do Prufeçôre do mêu Filho
O gajo não presta. O gajo fala, fala, fala, mas o puto não entende pêva do que ele está práli a dizer e por isso é que não aprende.Depois, só porque o puto recebe uma mensagem no telemóvel, que até fui eu que lha mandei porque ele tinha deixado o gato fechado na cozinha,põe-se aos gritos com ele que preturba a aula. Preturba mas é o c....que o gato podia dar-nos cabo do almoço.O gajo é mas é parvo. Não tem compreenção pelos alunos, é o que é.Deu nega ao meu puto, mas agora quem vai ter a nega é ele! E vamos aver se pró ano, se calhar outra vez ao puto este gajo como professor,ele não le vai dar uma nota de jeito... não percisa ser um 5, que eu também sei que o meu puto não tem grande queda para os estudos, mas o que ele não tem é de andar praí a perjudicar o futuro dos miudos que assim com notas dessas, como é que vão comseguir tirar as facoldades?
O gajo quer é ser ele e os da sua laia a serem dotores só eles.
Eu cá já decidi. Nota negativa!
Mai nada!
(Enviado por email)